ESTENDAL POÉTICO
A convite da nossa Biblioteca Escolar, Valter Hugo Mãe, no âmbito do Dia Mundial da Poesia que se comemorou a 21 de março, os alunos que frequentam a Sala de Recursos da Escola Frei João, participaram na realização de um trabalho alusivo à Alfândela Régia. A temática escolhida para o corrente ano está relacionada com a identidade cultural de Vila do Conde, uma vez que decorre o Ano Europeu do Parimónio Cultural. O referido trabalho, executado nas aulas de Oficina de Expressão, constituído por uma vertente de expressão plástica e outra literária, encontra-se exposto, juntamente com contributos de outros Agrupamentos de Escola, na fachada da Biblioteca Municipal José Régio.
Vertente literária
Alfândega Régia de Vila do Conde
Vila do Conde sabe a rio e a mar,
tem a bravura e o querer de rasgar rotas, mitos e medos.
É uma herança ancestral, vinda de
operários navais, marinheiros e mercadores.
Dos nossos estaleiros navais
saíram naus e caravelas, que se lançaram na aventura dos Descobrimentos, a
caminho de África, Índia e Brasil.
Vila do Conde orgulha-se da sua
identidade e carrega na sua história a estóica vontade de se lançar no
enigmático e traiçoeiro mar.
Outrora, no auge do comércio
marítimo, assistiu ao alvoroço do seu porto do reino, palco de chegada de
navios carregados de mercadorias.
Os séculos XVI e XVII surgem,
indeléveis, ligados ao frenesim das trocas comerciais.
E eis que surge, por altura de
1487, por ordem de D. João II, a construção da Alfândega Régia, para que fossem
garantidos os direitos alfandegários reais.
No Cais da Alfândega, resistindo
ao tempo, surge, hoje, renovada, mantendo a sua traça e as suas memórias.
Sobranceira ao rio, junto à Nau
Quinhentista, guarda testemunhos de um tempo próspero que vincula Vila do Conde
à incomparável epopeia dos Descobrimentos.
A História honra Vila do Conde e orgulha as suas gentes!
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